quinta-feira, 16 de agosto de 2012

" A fé não costuma falhar", diz, sabiamente a canção. Sem o amparo dessa bússola interna, o viajante perde-se em redemoinhos, não sabe se vai ou se fica. Tal qual a lamparina do andarilho solitário, a fé é o farol daquele que acredita numa instância superior, na própria intuição, nos ciclos da natureza. Como toda luz, ela pode tremeluzir, quase se apagar, como também recuperar o ânimo e, de simples faísca virar clarão, iluminando a noite escura. Uma vez na estrada, o importante é prosseguir, mesmo sem enxergar um palmo à frente, e confiar que sempre haverá fôlego para dar o passo seguinte. A beleza disso tudo é que "mesmo a quem não tem fé, a fé costuma acompanhar", uma vez que ela está nos primeiros raios de Sol, na gargalhada de uma criança, no horizonte escancarado da rodovia, na chuva que vem acudir as plantas quando ela mais precisam.

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